sábado, 29 de março de 2008

Visita ao Museu Giramundo

Oba...Oba! Visita ao Museu Giramundo

Bom...

Nós do Girabelo íamos colocar tudo sobre o MUSEU GIRAMUNDO na postagem de apresentação para facilitar o acompanhamento do trabalho pelos colegas e professores, mas após a visita que fizemos não há como não abrir um novo espaço para comentários, conversa com Rangel Andrade, funcionário do Museu e paras as fotos que fizemos.

Então permanece a postagem de apresentação para acompanhamento do trabalho estando esta para falarmos e analisarmos a visita ao MUSEU.

O Museu esta localizado na Rua Varginha no bairro Floresta, uma rua com aclive acentuado e logo no topo do morro há um semáforo, o que dificulta a visualização de um Museu instalado naquele local, além da dificuldade de estacionamento na rua. Segundo Rangel a localização do Museu é ruim e tem pouca visibilidade na rua. Um outro aspecto que percebemos foi a sinalização para se chegar no Museu, na região da praça da Estação há a sinalização padrão da prefeitura e indicação do caminho e quando chegamos na rua em frente ao Museu quase passamos despercebidos por ele, há uma placa da prefeitura na porta e o banner do museu, este está encoberto por esta árvore e passa quase que despercebido, aliado a esta fachada que não sugere que no local funcione um Museu.

Na foto vemos uma seqüência de casas, acreditem, são todas do Giramundo! Esta vermelha e a amarela na esquina, nelas funcionam a escola, a restauração e a parte administrativa e em nada constituem uma unidade. Um outro detalhe é a questão da casa do Museu ser patrimônio histórico, a estrutura não pode ser modificada mas há a possibilidade de adição de elementos, como o Museu já fez colocando o banner e alguns bonecos no topo, bem escondidos pela árvore, na casa vermelha não há restrições.

A logomarca do Museu está presente numa pequena placa junto a porta de entrada, tamanho A4 informando horário de funcionamento e valores de entradas. Na 2º foto vemos a entrada que é na casa bege o primeiro portão frente a passagem feita entre o carro vinho e o cinza. Na 1º foto a saída é no portão branco mais a esquerda.



Esses bonecos estão num corredor que conta a história do grupo através das peças utilizadas nas montagens, esses são do 1º espetáculo, ainda com poucos movimentos. Uma ressalva é que esses bonecos não podem ser tocados pelo público mas não há um vidro que os separem do mesmo e o corredor onde estão é longo e difícil para controle dos 3 monitores havendo muitas crianças em visita simultânea. Em questão de iluminação, como o Museu estava em reforma não pudemos analisar.


Num outro corredor há croquis de bonecos e cenários feitos pelo fundador Álvaro Apocalypse e detalhamento da construção dos bonecos, nessa foto a construção de uma mão e o braço, tudo muito detalhado, cada dedo, visando o movimento. Assim como mão, há ainda todas as outras parte do corpo de um boneco, desenhados e esculpidos passo a passo, numa riqueza grande de detalhes e demonstrando os materiais utilizados, cabeça, membros inferiores, articulações e estudos de movimentos. Incrível saber que muita coisa começa a ser esculpida no isopor e no papel e ganha tamanha expressividade após o acabamento. Não há também um vidro separando as peças do público.


Peças de montagens feitas pelo grupo, a expressividade dos bonecos é marcante, eles tem muita vida e quando Rangel, o monitor, lhe dá movimento manipulando os fios e varas....Nossa... dentro do Museu a gente volta a ser criança.

Detalhe na 1º foto para o boneco de capa vermelha, ele, assim como outros esta exposto elevado do chão, como se realmente voasse.Quanto a sinalização do museu por placas ela se dá de forma satisfatória, há ao lado de cada peça, ou conjunto de peças, datas e breve texto explicativo, além da sinalização indicativa dos locais, nelas há o uso da logomarca do Museu e elas se comunicam entre si. Estão em português e segundo Rangel o Museu recebe um número significativo de estrangeiros.


Essa peça, um mini cenário é interessante pela disposição dos elementos criando um efeito de profundidade, essa água começa no desenho bidimensional do fundo vertical, segue pelo chão horizontal onde esta levemente esculpido formando um “baixo relevo” e deságua nesse meio circulo onde as ondas são sugeridas pela disposição dos semicírculos interpostos em 5 camadas. Camadas ainda na mata.



Nesse caso os astronautas e os peixes, parte de um espetáculo atual, estão dispostos como se realmente flutuassem. Para o próprio espetáculo os bonecos foram projetados com fios com cerca de 3m estando os manipuladores suspensos promovendo tal experiência.

Visão plano geral e close de uma das salas do Museu, vemos vários cenários construídos para espetáculos. A casa do Museu por fora parece pequena em termos de espaço mas por dentro é surpreendente! Observem nos planos gerais o boneco gigante no teto da sala, sobre os visitantes.


Esse é um detalhe de dois bonecos que nos observam enquanto visitamos o acervo do Museu, eles estão no teto mesmo, não é a foto que esta postada investida, as fotos foram feitas por nós integrantes do grupo deitados no chão com a câmera focada no teto.

As fotos que sequem são parte da interação nossa do Girabelo com o GIRAMUNDO. No Museu não é permitido tocar nas peças, logo essas fotos foram feitas próximas as mesmas e na presença do monitor Rangel, respeitando tão encantador trabalho, a única peça que pode ser tocada é o Pedro da peça “Pedro e o Lobo” que tivemos o prazer de manipular.

Jozi, Fernando e Camila voltando a serem crianças manipulando o boneco Pedro. Incrível poder fazer isso após a visita, uma vivencia do espaço tridimensional que fica ainda mais completa e inesquecível, reforçando uma relação afetiva com o trabalho do grupo Giramundo.

Socorro! Atacados! Somos gigantes mas não nos mate....
Fernando e Jozi na mira de Don Quixote.


Olha só quem veio receber o Girabelo no Museu.

Fernando e o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Lula, um detalhe interessante desse boneco é a riqueza de movimentos, tudo nele é articulado, ele é uma das peças recentes do grupo que utilizam todo o conhecimento em confecção de bonecos, além de que a semelhança com o presidente é incrível.




“Não gostei disso não”

Camila e boneca do Giramundo. Detalhe para o tamanho da boneca, um aspecto interessante do Giramundo é a utilização dos mais variados tipos d manipulações existentes e a criação de outros. Bonecos de fio, vara, balcão, base, baranku, mistura com animação, enfim um apanhado de tudo nesses 38 anos de história sempre com bonecos novos em cada espetáculo.



Abençoado.

Camila recebendo benção de madre. Abençoando realmente é tudo o que pudemos vivenciar nessa visita. Quem ler nosso blog vai visitar mesmo, é encantador e vale a pena a vivencia do espaço tridimensional, o contato e reforço da relação afetiva com a marca. Se por um lado na visita percebemos o quanto o design poderia ajudar o espaço e vamos propor isso, por outro lado só temos a agradecer ao Grupo de teatro Giramundo por nos oferecer o contato com o maior museu do gênero no país e um dos maiores do mundo. Os bonecos são muito vivos, cada um tem sua personalidade, sua história e eles nos transmitem isso na expressão, eles são manipulados mas a gente até esquece dos fios e varas enquanto interagimos com eles. Até maio o Museu esta fechado para visitas do público geral, só agendando visita para estudantes. Mas assim que reabrir VISITEM.


domingo, 23 de março de 2008

Grinco Cardia

Fotos feitas pelo grupo em visita a Exposição Gringo Cardia de todas as Tribos em 18 de março de 2008.
Visitem também o site de Gringo: http://www.gringocardia.com.br/

Entrada da exposição, alunos da turma

Referências de Gringo, anotações em agendas, rafs, recortes e colagens. Acervo do processo criativo de Gringo, algo tão importante para nós designers, a contrução de referências diarias que refletem no nosso trabalho diversificando-o.


A esquerda painéis com fotos de cenários criados por Gringo para shows musicais e peças teatrais e a direita trabalhos editoriais.
Espaços temáticos dentro da exposiçao, um fato interessante de se ressaltar nessa exposição é a organização da mesma quanto a não se mostrar só o resultado do trabalho conseguido por Gringo, como trazer a forma como se deu o processo de execulção, etapas feitas até se alcançar um resultado, trazendo colagens, montagens manuais, anotações e rabiscos, enfim, temos Gringo mais proximo de nós, as coisas não surgem do nada, mas são parte de um processo, fato que as vezes parece obvio mas que muito atomenta a estudantes.
Na exposição os espaços estão divididos em várias salas, proporcionando sensações diversas ao visitante, um passeio por três decadas do trabalho de Gringo nas mais variadas frentes.
As fotos que seguem são uma sequência da visita pelo olhar de Claudio.


Salas da exposição, diferentes espaçoscriados apresentando diferentes projetos de Gringo, destaque para a 1º foto, a esfera Rede projetada para o Museu oi Futuro que tivemos a oportunidade de visitar.

sábado, 15 de março de 2008

Museu das Telecomunicações

Esse texto é uma analise do grupo a visita ao Museu das Telecomunicações Oi Futuro.


Fotos feitas pelo grupo: Esfera espaço Rede

Gringo Cardia pensou num espaço onde para entrar no Museu o visitante tivesse uma “preparação e ambientação”, criando as primeiras experiências na passagem do lado externo para o lado interno deste.

Dentro do Museu o espaço é dividido de forma a parecer maior, devido a diferentes sensações e experiências oferecidas por Gringo, há diversos vídeos com os quais o visitante irá interagir e com soluções muitas vezes simples ele oferece sensações diversas transformando um espaço que a princípio poderia ser monótono. A esfera fixada ao chão e com projeções provenientes do teto localizada em um espaço “futurista e tecnológico” com paredes detalhando o código binário com efeitos de iluminação são exemplos desse tipo de criação.



Fotos feitas pelo grupo: Sala Linha do Tempo


Fotos feitas pelo grupo: Sala Profetas do Futuro

O espaço do Museu é dividido em sub-espaços, o visitante pode percorrer a linha do tempo das telecomunicações (e da história humana) em ambiente especifico onde irá interagir com o cursor da linha sobre uma mesa “navegando” da pré-história aos dias atuais, um espaço onde ele pode tocar e interagir; ou ainda a sala Profetas do Futuro, numa solução simples de uma cabine aconchegante, com poltrona, tapetes, cortinas e a projeção circular do profeta escolhido pelo visitante ao fundo da parede contornada por círculos que nos dão a sensação de profundidade como a de ver os profetas no fundo de um cone ou luneta, trazendo para nós a vivencia da profecia.

Outra solução é o Espaço Virtual, onde com a simples e elaborada projeção de seqüências de sites em um fundo de caixa forrada por espelhos, se tem o efeito de multiplicidade que traduz a velocidade e quantidade das informações que nos chegam a todo instante.


Fotos feitas pelo grupo: Peças do Museu

O Museu trás ainda diversos objetos como telefones, telégrafos, outros objetos de comunicação como o Moog Theremin, objeto para produção de som utilizado pelo Pato Fu em uma de suas produções; a evolução dos celulares, dos orelhões, das moedas, fichas e cartões telefônicos, esses últimos dispostos frente à parede formando três planos; uma cabine, enfim, os mais diversos objetos ligados às telecomunicações que contam a história do homem, sua evolução e se relacionam a nossa profissão. Entender com o homem aprendeu, aperfeiçoou, inventou e reinventou as formas de transmitir suas mensagens e hoje como com tanta mensagem sendo “jogada” a todo instante sobre este, o papel do designer de fazer uma mensagem chegar ao receptor que se busca atingir lhe comunicando o que se deseja.




Fotos feitas pelo Grupo: à direita acima alunos da turma, a esquerda uma projeção na esfera e abaixo professora Denise Eller.

Enquanto designer somos parte desse processo de comunicação, assim como Gringo, também arquiteto, criou o espaço do Museu das telecomunicações Oi Futuro, um espaço para o resgate das sensações, das experiências do visitante, espaço esse destacado na Exposição Gringo Cárdia no Palácio das Artes, onde é reproduzido a esfera da Rede com projeções e o espaço dos Profetas do Futuro; a partir de investigações e pesquisas, com soluções simples podemos propor espaços que nos são solicitados trabalhando-os para que ofereçam sensações, sendo mais do que simples espaços, criando uma relação “afetiva” com o usuário. Assim como os museus buscam hoje a interação e a sua inclusão efetiva na vida das pessoas através das experimentações, de ser um espaço de aprendizagem pelas vivencias, deixando o distanciamento de peças intocáveis cabe ao designer entender essa busca do ser humano pelas experimentações e propor soluções para os mais diversos espaços.

Finalizando a visita ao Museu saímos em uma cabine com a comunicação da qual muito nos distanciamos e que agora tentamos resgatar, o corpo. Ele sente, ele compreende, ele pergunta e ele responde aos estímulos que lhe damos, um momento para pensarmos em onde chegamos com as evoluções tecnológicas e para onde vamos, o que queremos a partir de agora, em sustentabilidade, ética, em degradações ambientais, pesquisas embrionárias, enfim, num tempo de tantas informações ao mesmo tempo buscamos o resgate do interior de nosso ser, de sensações simples, do experimentar, cabe ao designer oferecer meios para se alcançar essa comunicação.