segunda-feira, 31 de março de 2008

O CONTO DE FADA DA PRINCESA CONTEMPORÂNEA

Primeiro modelo da Melissa

Quem passa pela praça da Savassi se surpreende ao ver a fachada alcochoada e prateada da loja Melissa By U (lê-se you).

Atualmente a vitrine está no clima dos contos de fada, tema da Coleção “Contos de Melissa”, que brinca com as histórias Branca de Neve e os Sete Anões, Rapunzel, Cinderela e Chapeuzinho Vermelho em versão moderna. A releitura das fábulas foi a fórmula encontrada pela marca para trazer à tona a atmosfera de paixão e a atitude da consumidora atual, a princesa contemporânea.

Inspirada nesta campanha, a loja realizou na época do lançamento o sonho de muitas mulheres em encontrar um príncipe encantado: ele esteve no local para calçar os novos modelos primavera-verão nos pezinhos mais descolados da cidade. Chance divertida de viver um momento Cinderela!

O GiraBelo foi conferir e inclusive conseguiu bater um papo com a Aline Grazieli Barbosa, gerente da loja-conceito.


Durante anos e anos, o plástico era tido como um material de segunda linha, usado para fabricar produtos baratos, voltados para os consumidores de menor poder aquisitivo. Aos poucos, porém, o antigo preconceito diminuiu de forma considerável e, nos últimos tempos, o plástico acabou por conquistar também os consumidores mais abonados e de gosto refinado. De acessórios a móveis e objetos de decoração, o plástico agora ganhou um novo status. Tornou-se fashion e passou a fazer parte dos trabalhos de muitos designers e estilistas famosos. Está presente também nas vitrines de alguns dos endereços mais badalados da moda e da decoração.

A loja é em sua maioria da cor branca. É o produto, a Melissa que dá o tom.

Balcão de atendimento, diante da entrada

“A gente compõe [a vitrine] com acessórios. Mochilas para combinar com chinelos. Bolsa chique com sandália de salto. Todos os elementos usados compõem a idéia da loja. A vitrine é variável, a cada coleção a gente segue um tema. E geralmente ela acompanha a mudança das estações.” (Aline Grazieli Barbosa, gerente da Melissa By U).

Disposição dos produtos na vitrine

Efeitos de sentido

A princípio, a Melissa surgiu em uma idéia de ser para a criança, trazendo o lúdico, o colorido. E hoje ela faz sucesso entre as mulheres mais maduras. Mas a marca é para todos: de 8 a 80 anos.

A presença do lúdico em outros produtos, relacionado ao conceito da marca

Todo esse status que o produto apresenta e a idéia do lúdico é refletido na vitrine da loja-conceito da Savassi.

A loja é ambientada com aroma de tutti-frutti, característico dos produtos Melissa, o que remete à infância. Com música ambiente, jovem e atual.

Visão geral do ambiente. Detalhe para o o modelo do uniforme, que dialoga com o conceito da loja

A vitrine dialoga com a cidade, com o contemporâneo. Em uma praça de tradição histórica, no espaço nobre da cidade, a loja se destaca pelo seu design ousado, mas clean.

A fachada coberta de material alcochoado cor prata se destaca das demais lojas, tornando-se um ponto focal. Com o privilégio de estar em frente à praça da Savassi, a loja conta com bancos exclusivos, instalados na frente da entrada para acompanhantes mais impacientes. Em dias de sol intenso, o cliente conta com um guarda sol.


Melissa By U vista da praça

Aline comenta que a loja se preocupa muito com o cliente. “O cliente quer se sentir valorizado, à vontade. O cliente é sinestésico.”

Materiais utilizados

“A gente se preocupa em não colocar muita informação na vitrine. Porque o importante é a Melissa”, comenta Aline.

Vitrine

Se o produto em si carrega o conceito de ser simples, mas arrojado, a vitrine também fala com a mesma voz. Além do ousado alcochoado da fachada, a vitrine é constituída de balcões de madeira MDF, sustentados por uma estrutura também feita de madeira, e displays de acrílico transparente colorido. O restante é o produto que provoca e transmite: simplicidade, sofisticação e design moderno.


















À esquerda, detalhe do revestimento da fachada. À direita, acima, a vitrine vista de dentro. Abaixo, o detalhe da placa de madeira da fachada.

No espaço interno, a loja conta com capachos recortados em círculo, dois grandes pufes que mudam o revestimento a cada estação e compõem o espaço visual da loja, prateleiras de vidro, estruturas de acrílico e iluminação direcionada.

“A iluminação para nós é prioridade”, comenta Aline. A loja conta com inúmeras luzes que fazem do ambiente claro e leve, valorizando cada par de calçado. A loja fecha às 19 horas, mas a iluminação das vitrines fica acesa até as 22 horas, provocando os olhos de quem passa.

Vista geral do espaço

Tridimensionalidade

A partir da vitrine, como a loja trabalha com a tridimensionalidade

A disposição do espaço

A utilização dos espelhos em pontos estratégicos

A Melissa é a única no segmento de calçado de plástico, não apresenta concorrente direto. E em relação a isto, Aline coloca: “Não tem como comparar os produtos da Melissa com os demais calçados, como os de couro, por exemplo”.

Inspiração que vem de fora

A coleção traz tons vibrantes como o vermelho, amarelo e cores fluorescentes, e alguns modelos são assinados por grandes nomes da moda - Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Tufi Duek, Daniella Zylbersztajn e a inglesa J. Maskrey. Este aqui é de Vivienne Westwood, estilista inglesa excêntrica, que customizou um produto básico que já existia há 5 anos, dando sua cara ao produto. A nova vem com um revestimento flocado e apresenta três versões.

À esquerda o modelo antigo e à direita a recriação de Westwood.

Os três modelos

Além deste modelo, a Melissa redesenhou no plástico este modelo, cuja a criação de Vivienne causou frisson há 20 anos atrás.

Recriação em plástico de um modelo de Westwood que fez sucesso


A Melissa By U fica na Cristóvão Colombo, na praça da Savassi. Vale a pena conferir!

Fotos: Cláudio Nadalin

Vitrine: Contos de MELISSA

(Fotos: CLÁUDIO NADALIN)

“A campanha foi inspirada nas fábulas dos contos de fadas. Histórias sensuais e ousadas que nenhum pai contaria para a filha dormir.” (Catálogo da coleção)
Em breve análise...

sábado, 29 de março de 2008

Visita ao Museu Giramundo

Oba...Oba! Visita ao Museu Giramundo

Bom...

Nós do Girabelo íamos colocar tudo sobre o MUSEU GIRAMUNDO na postagem de apresentação para facilitar o acompanhamento do trabalho pelos colegas e professores, mas após a visita que fizemos não há como não abrir um novo espaço para comentários, conversa com Rangel Andrade, funcionário do Museu e paras as fotos que fizemos.

Então permanece a postagem de apresentação para acompanhamento do trabalho estando esta para falarmos e analisarmos a visita ao MUSEU.

O Museu esta localizado na Rua Varginha no bairro Floresta, uma rua com aclive acentuado e logo no topo do morro há um semáforo, o que dificulta a visualização de um Museu instalado naquele local, além da dificuldade de estacionamento na rua. Segundo Rangel a localização do Museu é ruim e tem pouca visibilidade na rua. Um outro aspecto que percebemos foi a sinalização para se chegar no Museu, na região da praça da Estação há a sinalização padrão da prefeitura e indicação do caminho e quando chegamos na rua em frente ao Museu quase passamos despercebidos por ele, há uma placa da prefeitura na porta e o banner do museu, este está encoberto por esta árvore e passa quase que despercebido, aliado a esta fachada que não sugere que no local funcione um Museu.

Na foto vemos uma seqüência de casas, acreditem, são todas do Giramundo! Esta vermelha e a amarela na esquina, nelas funcionam a escola, a restauração e a parte administrativa e em nada constituem uma unidade. Um outro detalhe é a questão da casa do Museu ser patrimônio histórico, a estrutura não pode ser modificada mas há a possibilidade de adição de elementos, como o Museu já fez colocando o banner e alguns bonecos no topo, bem escondidos pela árvore, na casa vermelha não há restrições.

A logomarca do Museu está presente numa pequena placa junto a porta de entrada, tamanho A4 informando horário de funcionamento e valores de entradas. Na 2º foto vemos a entrada que é na casa bege o primeiro portão frente a passagem feita entre o carro vinho e o cinza. Na 1º foto a saída é no portão branco mais a esquerda.



Esses bonecos estão num corredor que conta a história do grupo através das peças utilizadas nas montagens, esses são do 1º espetáculo, ainda com poucos movimentos. Uma ressalva é que esses bonecos não podem ser tocados pelo público mas não há um vidro que os separem do mesmo e o corredor onde estão é longo e difícil para controle dos 3 monitores havendo muitas crianças em visita simultânea. Em questão de iluminação, como o Museu estava em reforma não pudemos analisar.


Num outro corredor há croquis de bonecos e cenários feitos pelo fundador Álvaro Apocalypse e detalhamento da construção dos bonecos, nessa foto a construção de uma mão e o braço, tudo muito detalhado, cada dedo, visando o movimento. Assim como mão, há ainda todas as outras parte do corpo de um boneco, desenhados e esculpidos passo a passo, numa riqueza grande de detalhes e demonstrando os materiais utilizados, cabeça, membros inferiores, articulações e estudos de movimentos. Incrível saber que muita coisa começa a ser esculpida no isopor e no papel e ganha tamanha expressividade após o acabamento. Não há também um vidro separando as peças do público.


Peças de montagens feitas pelo grupo, a expressividade dos bonecos é marcante, eles tem muita vida e quando Rangel, o monitor, lhe dá movimento manipulando os fios e varas....Nossa... dentro do Museu a gente volta a ser criança.

Detalhe na 1º foto para o boneco de capa vermelha, ele, assim como outros esta exposto elevado do chão, como se realmente voasse.Quanto a sinalização do museu por placas ela se dá de forma satisfatória, há ao lado de cada peça, ou conjunto de peças, datas e breve texto explicativo, além da sinalização indicativa dos locais, nelas há o uso da logomarca do Museu e elas se comunicam entre si. Estão em português e segundo Rangel o Museu recebe um número significativo de estrangeiros.


Essa peça, um mini cenário é interessante pela disposição dos elementos criando um efeito de profundidade, essa água começa no desenho bidimensional do fundo vertical, segue pelo chão horizontal onde esta levemente esculpido formando um “baixo relevo” e deságua nesse meio circulo onde as ondas são sugeridas pela disposição dos semicírculos interpostos em 5 camadas. Camadas ainda na mata.



Nesse caso os astronautas e os peixes, parte de um espetáculo atual, estão dispostos como se realmente flutuassem. Para o próprio espetáculo os bonecos foram projetados com fios com cerca de 3m estando os manipuladores suspensos promovendo tal experiência.

Visão plano geral e close de uma das salas do Museu, vemos vários cenários construídos para espetáculos. A casa do Museu por fora parece pequena em termos de espaço mas por dentro é surpreendente! Observem nos planos gerais o boneco gigante no teto da sala, sobre os visitantes.


Esse é um detalhe de dois bonecos que nos observam enquanto visitamos o acervo do Museu, eles estão no teto mesmo, não é a foto que esta postada investida, as fotos foram feitas por nós integrantes do grupo deitados no chão com a câmera focada no teto.

As fotos que sequem são parte da interação nossa do Girabelo com o GIRAMUNDO. No Museu não é permitido tocar nas peças, logo essas fotos foram feitas próximas as mesmas e na presença do monitor Rangel, respeitando tão encantador trabalho, a única peça que pode ser tocada é o Pedro da peça “Pedro e o Lobo” que tivemos o prazer de manipular.

Jozi, Fernando e Camila voltando a serem crianças manipulando o boneco Pedro. Incrível poder fazer isso após a visita, uma vivencia do espaço tridimensional que fica ainda mais completa e inesquecível, reforçando uma relação afetiva com o trabalho do grupo Giramundo.

Socorro! Atacados! Somos gigantes mas não nos mate....
Fernando e Jozi na mira de Don Quixote.


Olha só quem veio receber o Girabelo no Museu.

Fernando e o Excelentíssimo Senhor Presidente da República Lula, um detalhe interessante desse boneco é a riqueza de movimentos, tudo nele é articulado, ele é uma das peças recentes do grupo que utilizam todo o conhecimento em confecção de bonecos, além de que a semelhança com o presidente é incrível.




“Não gostei disso não”

Camila e boneca do Giramundo. Detalhe para o tamanho da boneca, um aspecto interessante do Giramundo é a utilização dos mais variados tipos d manipulações existentes e a criação de outros. Bonecos de fio, vara, balcão, base, baranku, mistura com animação, enfim um apanhado de tudo nesses 38 anos de história sempre com bonecos novos em cada espetáculo.



Abençoado.

Camila recebendo benção de madre. Abençoando realmente é tudo o que pudemos vivenciar nessa visita. Quem ler nosso blog vai visitar mesmo, é encantador e vale a pena a vivencia do espaço tridimensional, o contato e reforço da relação afetiva com a marca. Se por um lado na visita percebemos o quanto o design poderia ajudar o espaço e vamos propor isso, por outro lado só temos a agradecer ao Grupo de teatro Giramundo por nos oferecer o contato com o maior museu do gênero no país e um dos maiores do mundo. Os bonecos são muito vivos, cada um tem sua personalidade, sua história e eles nos transmitem isso na expressão, eles são manipulados mas a gente até esquece dos fios e varas enquanto interagimos com eles. Até maio o Museu esta fechado para visitas do público geral, só agendando visita para estudantes. Mas assim que reabrir VISITEM.


domingo, 23 de março de 2008

Grinco Cardia

Fotos feitas pelo grupo em visita a Exposição Gringo Cardia de todas as Tribos em 18 de março de 2008.
Visitem também o site de Gringo: http://www.gringocardia.com.br/

Entrada da exposição, alunos da turma

Referências de Gringo, anotações em agendas, rafs, recortes e colagens. Acervo do processo criativo de Gringo, algo tão importante para nós designers, a contrução de referências diarias que refletem no nosso trabalho diversificando-o.


A esquerda painéis com fotos de cenários criados por Gringo para shows musicais e peças teatrais e a direita trabalhos editoriais.
Espaços temáticos dentro da exposiçao, um fato interessante de se ressaltar nessa exposição é a organização da mesma quanto a não se mostrar só o resultado do trabalho conseguido por Gringo, como trazer a forma como se deu o processo de execulção, etapas feitas até se alcançar um resultado, trazendo colagens, montagens manuais, anotações e rabiscos, enfim, temos Gringo mais proximo de nós, as coisas não surgem do nada, mas são parte de um processo, fato que as vezes parece obvio mas que muito atomenta a estudantes.
Na exposição os espaços estão divididos em várias salas, proporcionando sensações diversas ao visitante, um passeio por três decadas do trabalho de Gringo nas mais variadas frentes.
As fotos que seguem são uma sequência da visita pelo olhar de Claudio.


Salas da exposição, diferentes espaçoscriados apresentando diferentes projetos de Gringo, destaque para a 1º foto, a esfera Rede projetada para o Museu oi Futuro que tivemos a oportunidade de visitar.