Gringo Cardia pensou num espaço onde para entrar no Museu o visitante tivesse uma “preparação e ambientação”, criando as primeiras experiências na passagem do lado externo para o lado interno deste.
Dentro do Museu o espaço é dividido de forma a parecer maior, devido a diferentes sensações e experiências oferecidas por Gringo, há diversos vídeos com os quais o visitante irá interagir e com soluções muitas vezes simples ele oferece sensações diversas transformando um espaço que a princípio poderia ser monótono. A esfera fixada ao chão e com projeções provenientes do teto localizada em um espaço “futurista e tecnológico” com paredes detalhando o código binário com efeitos de iluminação são exemplos desse tipo de criação.
Fotos feitas pelo grupo: Sala Profetas do Futuro
O espaço do Museu é dividido em sub-espaços, o visitante pode percorrer a linha do tempo das telecomunicações (e da história humana) em ambiente especifico onde irá interagir com o cursor da linha sobre uma mesa “navegando” da pré-história aos dias atuais, um espaço onde ele pode tocar e interagir; ou ainda a sala Profetas do Futuro, numa solução simples de uma cabine aconchegante, com poltrona, tapetes, cortinas e a projeção circular do profeta escolhido pelo visitante ao fundo da parede contornada por círculos que nos dão a sensação de profundidade como a de ver os profetas no fundo de um cone ou luneta, trazendo para nós a vivencia da profecia.
Outra solução é o Espaço Virtual, onde com a simples e elaborada projeção de seqüências de sites em um fundo de caixa forrada por espelhos, se tem o efeito de multiplicidade que traduz a velocidade e quantidade das informações que nos chegam a todo instante.
Fotos feitas pelo grupo: Peças do Museu
Enquanto designer somos parte desse processo de comunicação, assim como Gringo, também arquiteto, criou o espaço do Museu das telecomunicações Oi Futuro, um espaço para o resgate das sensações, das experiências do visitante, espaço esse destacado na Exposição Gringo Cárdia no Palácio das Artes, onde é reproduzido a esfera da Rede com projeções e o espaço dos Profetas do Futuro; a partir de investigações e pesquisas, com soluções simples podemos propor espaços que nos são solicitados trabalhando-os para que ofereçam sensações, sendo mais do que simples espaços, criando uma relação “afetiva” com o usuário. Assim como os museus buscam hoje a interação e a sua inclusão efetiva na vida das pessoas através das experimentações, de ser um espaço de aprendizagem pelas vivencias, deixando o distanciamento de peças intocáveis cabe ao designer entender essa busca do ser humano pelas experimentações e propor soluções para os mais diversos espaços.
Finalizando a visita ao Museu saímos em uma cabine com a comunicação da qual muito nos distanciamos e que agora tentamos resgatar, o corpo. Ele sente, ele compreende, ele pergunta e ele responde aos estímulos que lhe damos, um momento para pensarmos em onde chegamos com as evoluções tecnológicas e para onde vamos, o que queremos a partir de agora, em sustentabilidade, ética, em degradações ambientais, pesquisas embrionárias, enfim, num tempo de tantas informações ao mesmo tempo buscamos o resgate do interior de nosso ser, de sensações simples, do experimentar, cabe ao designer oferecer meios para se alcançar essa comunicação.
2 comentários:
Muito interessante museu, não posso deixar de visitar!
Muito bem, pessoal! Comecem a comentar sobre os materiais utilizados em DGA.
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